Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) , também chamado de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção) , é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que surge na infância e acompanha o portador do mesmo pela vida toda. O TDAH é reconhecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e em alguns países já é lei garantir que os portadores desse transtorno recebam tratamento diferenciado nas escolas.
Esse déficit de atenção ocorre devido a uma deficiência cerebral na região frontal orbital, responsável pela atenção, que faz com que o individuo volte sua atenção para diferentes coisas ao mesmo tempo e tenha dificuldade em focar em algo só por certo tempo. E a hiperatividade é quando a pessoa não consegue parar quieta, como dizem por aí “vive no mundo da lua”. Já deu para notar que essas 4 letrinhas são complexas de entender e por isso estão dando o que falar, né? E é por isso que vamos tratar desse assunto em nosso blog: para garantir que vocês não fiquem com nenhuma dúvida a respeito do TDAH e entendam seus reais sintomas.
Para diagnosticar se uma criança tem ou não tem TDAH é preciso que ela seja atendida por um psiquiatra, mas antes disso são os pais que precisam estar atentos ao comportamento do filho. Para chegar a uma conclusão, o psiquiatra não fará nenhum exame laboratorial, pelo contrário, ele precisará conversar muito com os pais e com a criança, levando em conta o histórico familiar e o contexto no qual a criança vive, será preciso verificar como a criança se comporta em diferentes ambientes, como escola, casa e afins.
Conheça os principais sintomas do TDAH
Ser criança é viver um mundo de descobertas, de imaginação e brincadeiras. Nessa fase é natural a criança ser mais dispersa e descompromissada, e por isso todo cuidado é pouco na hora de achar que seu filho possui TDAH, pois muitas vezes as pessoas exigem um padrão de comportamento dos pequenos achando que eles devem agir como adultos.
• Desatenção
Dificuldade de focar em algo e se concentrar. Isso pode ser notado através de problemas escolares, falta de organização, atenção prejudicada facilmente e dificuldade para ficar quieto. Cometer erros por descuido nas tarefas escolares. Evitar participar de brincadeiras ou tarefas que exijam esforço mental prolongado. Perder objetos com frequência. A criança também pode não escutar quando falam com ela por estar focada em outras coisas.
• Hiperatividade
Ficar inquieto quando está sentado, mexendo pés e mãos ou se contorcendo. Levantar muitas vezes na sala de aula. Correr e subir em locais onde é inapropriado. Não conseguir permanecer por muito tempo em brincadeiras mais tranquilas. Falar demais. Ter dificuldade em esperar sua vez. Interromper ou se intrometer em conversar e atividades alheias.
Se a criança apresentar seis ou mais desses sintomas, por mais de seis meses, é aconselhável procurar um especialista para fazer o diagnóstico. Os profissionais indicados nesses casos são: psiquiatras em primeiro lugar, mas (neuro)pediatras e neurologistas também podem estar capacitados para tal. Ao detectar o transtorno, o médico deverá determinar seu subtipo, nível de remissão e gravidade do transtorno.
Causas do TDAH
• Hereditariedade: Os fatores genéticos são importantes para diagnosticar o TDAH, pois pesquisas comprovam que é bem maior a ocorrência do transtorno em pessoas que possuam antecedentes com o mesmo problema na família.
• Gravidez: ingerir nicotina e/ou álcool durante a gravidez pode causar alterações no cérebro do bebê, incluindo a região frontal orbital. De acordo com pesquisas, filhos de mães alcoólatras possuem mais chance de possuir hiperatividade e desatenção.
Tratamento e medicamentos
É possível seguir uma vida normal e amenizar o sintomas do TDAH e assim viver com mais qualidade e saudável, para isso um tratamento indicado pelo especialista será recomendado. Que pode ser psicoterapia, suporte educacional, psicoeducação familiar e até medicamentos.
Para os familiares será importante ler bastante sobre o assunto, participar de palestras e encontros com profissionais e pesquisados da área, para assim aprenderem a lidar com os sintomas, trocarem experiências e receber dicas de como lidar com a criança.
Já existem drogas com efeitos psicoestimulantes aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, como o Metilfenidato (MPH) e o Dimesilato de Lisdexanfetamina, que possuem eficácia comprovada no tratamento de TDAH.
Convivendo com o TDAH
O suporte da família é essencial ao tratamento do TDAH, elogiando, reconhecendo e valorizando os que as crianças possuem e fazem de bom, isso irá aumentar a autoestima dela. Castigar e repreender a criança o tempo todo é muito prejudicial.
Acompanhamento psicopedagógico e reforço escolar serão importantes. A escola precisar oferecer um suporte aos seus alunos que tiverem TDAH e tratá-los com mais paciência e cuidado.
Dicas para conviver melhor:
• Estabelecer limites e regras;
• Ser paciente e amoroso;
• Incentivar e elogiar a criança sempre que ela cumprir com o que lhe foi solicitado;
• Passar mais tempo com a criança;
• Ensinar o pequeno a se organizar melhor;
• Falar com ele olho no olho e devagar para que ele entenda bem o que você está dizendo;
• Não gritar;
• Leia muito a respeito.
Fontes: Minha Vida e TDAH.org.