Desde que o filme Frozen foi lançado, em 2013 nos Estados Unidos e 2014 no Brasil, as crianças se apaixonaram por Elsa, Anna, Olaf e todos os personagens da animação. “Let It Go” é a música número um tocada no carro de mamães e papais e cantada fervorosamente pelos pequenos. Calçados, bonecos, maquiagem e muitos outros produtos foram criados com o tema. E agora aguardamos ansiosamente o segundo filme. Com base nisso as psicólogas, mães e irmãs, Maryam e Yalda decidiram pesquisar o fenômeno do filme Frozen que aconteceu não só no Brasil, como ao redor do mundo. O resultado dessa pesquisa desvendou fatos muito interessantes que vamos lhes mostrar agora.
Reconhecimento emotivo
O emocional de uma criança pré-escolar é semelhante ao de Elsa, com sentimentos fortes que parecem ser incontroláveis. Os pequenos, assim como a heroína, são movidos por seus impulsos. Durante todo o filme Elsa luta contra a tempestade que sente dentro dela, o que faz com que as crianças se identifiquem, porque, quando pequenas, elas têm sentimentos que não conseguem explicar.
Imaginação infantil
A imaginação dos pequenos é muito poderosa e transforma o mundo em que vivem em um lugar maravilhoso, cheio de possibilidades e aventura. As crianças gostam de histórias mágicas e reconhecem que Elsa tem um super-poder, por isso, ela têm um apelo especial. Maryam e Yalda acreditam que seja por causa de sua magia que as crianças não se sentem muito tristes quando Elsa fica isolada em seu quarto durante a infância e depois no castelo quando é adulta.
Vilão, mas não tão vilão assim
O fato de que o filme Frozen não tem uma bruxa, como os outros filmes de princesa da Disney, agradou a filha de Maryam. O vilão Hans não é assustador e até canta uma música de amor com Anna. As partes sombrias da animação são curtas e não tão intensas, o que minimiza as chances de pesadelo durante a noite.
Amor fraterno
As irmãs da animação têm uma ligação verdadeira. Mesmo que durante a maior parte do filme a rainha Elsa continue afastando a princesa Anna, não deixando que a relação das duas se desenvolva para uma amizade, o laço familiar prevalece. Os pequenos são muito ligados às suas famílias e, por isso, o esforço de Anna para se aproximar da irmã é admirado por eles. Mesmo que muitos torçam para que Anna e Kristoff acabem juntos, o amor fraternal é muito mais animador.
Final feliz, mas sem casamento
Os filmes da Disney vêm se desenvolvendo sob temáticas diferentes das tradicionais animações – onde a princesa e o príncipe vivem felizes para sempre -, eles estão acompanhando a evolução da sociedade. No filme Valente (2012), por exemplo, a princesa Merida é uma moça independente que não quer se casar, quebrando as tradições. O filme Frozen mostra para as crianças que a família é mais importante que tudo e que as moças não são donzelas indefesas à espera do seu príncipe encantado, o que faz com que mamães e papais também aprovem a animação.
Liberdade
A música “Let It Go” (ou “Livre Estou” na versão em português) é o que fecha com chave de ouro. Os filmes com música são mais memoráveis na cabeça dos pequenos. É muito comum ver as crianças imitando os movimentos dos personagens e cantando junto. Mesmo que elas não saibam ler ou escrever, elas conseguem entender o significado da canção. A filha de Maryam disse para a mãe que Elsa canta sobre ser livre e feliz, sem ninguém a incomodando. Isso pode explicar o motivo de tantos adultos também adorarem o filme, já que a maioria tem o desejo de também ser livre e feliz.
Efeitos visuais
Maryam e Yalda, como psicólogas, analisaram o filme pelo seu aspecto emocional, porém é bacana lembrar que os efeitos visuais também atraem as crianças. O azul e o branco predominantes na animação passam a sensação de tranquilidade para os pequenos, os fazendo acreditar que tudo ficará bem. Sem contar que o brilho da neve, do vestido de Elsa, do castelo de gelo e dos poderes que saem de suas mãos são encantadores.
O filme Frozen oferece uma boa reflexão da sociedade moderna como um todo. É interessante perceber que a comoção causada pelo filme aconteceu em diferentes países e não só no Brasil.
E você? Concorda com as observações de Maryam e Yalda?
Fonte: Zocalo Public Square